segunda-feira, 26 de março de 2012

Antifa - Caçadores de Skins

Completo e Legendado em português.


Antifa - Chasseurs de Skins
Sinopse: O renascimento do movimento skinhead no início da década de 1980 coincidiu, na Europa, com o crescimento dos partidos de extrema-direita, que se empenhavam em cooptar para suas fileiras jovens da classe operária cuja autoestima havia sido corroída pela crise econômica. Na França, o partido de extrema direita Frente Nacional (Front National - FN), de Jean Marie Le Pen, chegou a obter 20% dos votos, num momento em que a imigração no país atingia o seu auge e os relatos de agressões racistas nas ruas eram diários. Com o lema "a França para os franceses", os fascistas do FN e de outros grupos ainda mais radicais recrutavam seguidores em cada esquina e 99,9% dos skins franceses acabaram cooptados pela extrema-direita, num processo semelhante ao que vinha também ocorrendo em outros países europeus, como a Inglaterra, onde houve uma adesão em massa de skinheads ao National Front e ao BNP (British National Party).

Ao mesmo tempo em que essas gangues manipuladas pelos partidos de extrema direita estavam na iminência de assumir o controle das ruas de Paris, uma forte cena punk/underground se desenvolvia por toda a França. E foi deste caldo de cultura libertário e multiétnico que pulsava nas ruas e nos squats que surgiram as primeiras gangues de Caçadores de Skinheads, dedicadas não apenas à autodefesa em shows e squats, mas, principalmente, a escorraçar as gangues fascistas das ruas.

É a história desse processo de desfascistização das ruas de Paris que Antifa: Chasseurs de Skins conta, explorando também a pré-história do movimento skinhead na França e as primeiras gangues rockers antirracistas, como os As-nays e os Black Panthers, que na década de 1970 enfrentavam gangues de rockers racistas, e que, por sua vez, inspiraram as gangues de Caçadores de Skins propriamente ditas, como os Ducky Boys, os Red Warriors e os Ruddy Fox. Eram gangues multiétnicas, extremamente combativas e fortes, formadas por professores e/ou campeões de alguma arte marcial (Muay Thai, Full Contact, Kung Fu, etc.), como era o caso dos Ducky Boys e dos Red Warriors.

Origem: França
Ano: 2008
Formato: AVI
Áudio: Francês
Legenda: Português

Massacre do Pinheirinho e algo mais.

Olá caros amigos revolucionários e libertários, peço desculpas por ter me afastado do blog. Tentarei retomar as postagens na medida em que fatos ocorrerem e mereçam ser divulgados ou idéias surgirem.

Sem mais delongas, vamos ao assunto do post, que é algo muito sério, por sinal.

No dia 22 de janeiro, a PM de São Paulo e a guarda municipal de São José dos Campos, no interior do estado de São Paulo, cumprindo ordens do governo PSDB(burgues, tirano e ditatorial)praticou o massacre, mascarado de reintregração de posse, no bairro do Pinheirinho.
Que o PSDB , Geraldo Alckmim e sua turma são malditos fascistas opressores, estamos cansados de saber. Agora oque mais revolta é o governo federal, um governo dito de esquerda, se omitir da maneira em que se omitiram, abaixar a cabeça e fingir que nada estava acontecendo no bairro de Pinheiros, em SJ dos Campos.
A senhora Dilma Roussef, uma militante na época da ditadura, tendo poderes de presidente, deveria ter vergonha de viver após o massacre em que ela preferiu se poupar, ao lutar pelos trabalhadores(Cujo seu partido leva o nome).

Até quando iremos eleger governantes que apenas nos exploram e ao primeiro sinal de protesto nos mandam seus cachorros sedentos por sangue(Também conhecidos como Policia Militar, Tropa de Choque, Vermes, Ratos...) ? Até quando o dinheiro irá valer mais do que a vida e a moradia de pessoas de bem ?
Qual o rumo está tomando a humanidade ?
A desocupação do bairro do Pinheirinho só reflete o quanto os partidos políticos e seus governantes não estão nem aí para o povo. Pois só oque lhe interessa é o dinheiro e o poder.
O que vemos hoje em nosso país, a exemplo do que aconteceu em Janeiro, é um cenário de clara ditadura, onde militares não estão no poder, mas estão pessoas tão ou mais cruéis e desprezíveis que os velhos coronéis.
(Moradora chora a perda de sua casa. Foto de Mariana Parra, sob licença CC)

Em Pinheiros houveram inúmeras mortes. Crianças, idosos, mulheres e trabalhadores foram completamente massacrados, sem dó e nem piedade. Mortos a sangue frio por cachorros da tropa de choque.
Bombas de gás, balas de borracha e outros foram atirados contra toda a população, mesmo os que não usaram de resistência.
Famílias inteiras foram jogadas na rua. Residências foram queimadas. Roupas, móveis, eletrodomésticos e todo o resto, nada pode ser recuperado pelas famílias.
E diante de fatos tão bárbaros, por que houve uma divulgação insignificante por parte da mídia ? Por que ninguém ficou sabendo disso tudo ?
Pois mídia e governo caminham lado a lado, nosso único meio de informação é a internet, então que usemos da melhor maneira.
E que nos conscientizemos da importância de cada um para dar um basta nisso.

Se essa é a democrácia, onde a vontade do povo reina. Isso não serve pra mim!


_________________\/ Não deixem de ver \/ ______________________________

Ricardo Boechat sobre a reintegração de posse em Pinheirinho:
http://www.youtube.com/watch?v=mghmTSVEyrM

Documentário: Eu queria matar a presidenta:
http://www.youtube.com/watch?v=Tj_zHrx7jcU

Documentário: Massacre do Pinheirinho: A verdade não mora ao lado:
http://www.youtube.com/watch?v=NBjjtc9BXXY

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

A Farsa do Cristianismo

Este artigo não é de um editor do 'Revolta dos Humildes' e as opiniões nele externadas são de responsabilidade única e exclusiva de seu autor.




Os povos da antiguidade adoravam o sol, devido ao fato de cedo perceberem que sem ele não existiria vida no planeta, que as colheitas seriam impossíveis e pelo simbolismo de que o sol nos salva do frio e da escuridão da noite, repleta de predadores. Através dessa antiga adoração ao sol eu vou demonstrar nesse artigo por que a história de Jesus é falsa.
Na mitologia egípcia existe a lenda de Hórus, o deus dos céus. Basicamente, a história de Hórus é a seguinte: Hórus nasceu em 25 de dezembro (o dia do solstício de inverno no hemisfério norte) da virgem Íses Meri. Seu nascimento foi precedido por uma estrela no oriente que guiou três reis que o adoraram. Aos 12 anos Hórus foi um prodígio nos ensinamentos, aos 30 foi batizado por Anup e começou seu ministério, teve 12 seguidores com os quais viajou praticando milagres, tais como curar enfermos, andar sobre as águas e ressuscitar os mortos. Hórus foi traído por seu seguidor Tifão e morreu crucificado, foi enterrado, depois de três dias ressuscitou e ascendeu ao céu.
A lenda de Hórus é datada de, aproximadamente, 3.000 anos antes de cristo, o que demonstra o quão plágio de Hórus Jesus é:

Hórus foi gerado pela Virgem Ísis Meri
Jesus foi gerado virgem Maria
Hórus nasceu de um milagre
Jesus nasceu de um milagre
Hórus foi precedido por uma estrela
Jesus foi precedido por uma estrela
Hórus foi adorado por três reis
Jesus foi adorado por três reis
Hórus foi batizado por Anup
Jesus foi batizado por João Batista
Hórus foi uma criança-prodígio aos 12 anos
Jesus foi uma criança-prodígio aos 12 anos
Hórus teve 12 seguidores
Jesus teve 12 discípulos
Hórus disse ser a Luz do mundo
Jesus disse ser o Caminho, a Verdade e a Vida
Hórus andou sobre as águas
Jesus andou sobre as águas
Hórus curou enfermos
Jesus curou cegos, paralíticos e enfermos
Hórus ressuscitou um homem chamado El-Azar-Us
Jesus ressuscitou Lázaro
Hórus foi considerado o rei dos egípcios
Jesus foi considerado o rei dos judeus
Hórus foi traído por Tifão
Jesus foi traído por Judas
Hórus morreu crucificado e foi sepultado
Jesus morreu crucificado e foi sepultado
Hórus ressuscitou três dias após sua morte
Jesus ressuscitou três dias após sua morte
Hórus ascendeu ao reino dos céus
Jesus ascendeu ao reino dos céus

Estes atributos também estão presentes em outras divindades, de outras mitologias, tais como Átis da Frígia (1200 A.C.), que nasceu da virgem Nana em 25 de dezembro, morreu crucificado e ressuscitou após três dias. Ou ainda Mithra da Pérsia (1200 A.C.) nasceu de uma virgem em 25 de dezembro, teve 12 discípulos com os quais viajou praticando milagres e ressuscitou três dias depois de morrer.
Estas características são partilhadas por todos os messias solares. Cabe lembrar que os messias solares não são necessariamente a divindade do sol de suas mitologias de origem e sim a divindade que recebeu de seus crentes a mesma adoração que os povos antigos devotavam ao sol. Estas características, originais ou não, tem uma origem puramente astrológica.
A imagem no inicio desse artigo é a Cruz do Zodíaco, uma das mais antigas imagens na história da humanidade. Ela representa o trajeto do sol durante um ano através das 12 constelações, os 12 meses do ano, as quatro estações, solstícios e equinócios. Contudo, a Cruz do zodíaco não é apenas uma ferramenta para estudo e observação do sol, ela é também um símbolo espiritual pagão. O sol representa a figura de um deus, Jesus no caso do cristianismo, como o centro do universo e as 12 constelações são os 12 discípulos com os quais Jesus, sendo o sol, viaja.
A virgem Maria que da a luz ao salvador é uma referência a constelação do zodíaco Virgem, isto representa que Jesus tem sua origem no céu e não na terra.
A estrela no oriente é Sirius. Antigamente, Sirius era usada pelos viajantes para se orientarem durante a noite, devido ao fato de ser a estrela mais brilhante no céu noturno. Os três reis são as estrelas da constelação conhecida como Três Reis, Três Marias na América Latina e península ibérica ou ainda Cinturão de Órion na Grécia. Durante o solstício de inverno no hemisfério norte, que ocorre na madrugada de 24 para 25 de dezembro, Sirius e a constelação Três Reis se alinham em uma linha diagonal que aponta para o exato local onde o sol nasce em 25 de dezembro. Esta é a razão pela qual Jesus teria nascido em 25 de dezembro e teria sido adorado por três reis que seguiram uma estrela.
Do solstício de verão até o solstício de inverno (25 de dezembro no hemisfério norte), os dias se tornam mais curtos e frios e o sol parece se mover para o sul, ficar menor e mais fraco. Isso simboliza o processo da morte. Três dias antes do solstício de inverno o sol atinge o ponto mais baixo no horizonte, ficando próximo ao local onde, no céu noturno, se avista a constelação de Alpha Crucis, ou Cruzeiro do Sul. Então, após o solstício de inverno, os dias começam a ficar mais longos e quentes e o sol parece se mover para o norte, ficar maior e mais forte. Assim, metaforicamente falando, o sol morreu na cruz para ressurgir depois de três dias. Esta é a razão pela qual Jesus e outros messias solares compartilham do conceito crucificação, morte e ressurreição após três dias. É uma alegoria que representa a transição do sol antes de mudar para a direção contrária, trazendo com este movimento a primavera, que representa a salvação, no hemisfério norte.
Todavia, a celebração da ressurreição só é comemorada depois do equinócio da primavera, quando o período diurno se torna maior que o noturno. Isso representa a vitória da luz sobre as trevas, ou do bem sobre o mal.
Para aqueles que não acreditam, ou não aceitam, a verdade por trás destas representações e alegorias astrológicas e que Jesus nada mais é do que um plágio de Hórus, vejamos outras evidências. Alguém já ouviu falar em algum registro histórico, e não bíblico, da figura de Jesus? Inúmeros historiadores viveram na mesma época e lugar que Jesus supostamente viveu, ou logo após a sua presumível morte. No entanto nenhum deles fez qualquer referência ou registro a sua existência. Mas, para ser imparcial, houveram três fontes: Suetônio, Tácito e Plínio, o jovem. Estes historiadores fizeram algumas poucas referências a Cristo, que não é um nome e sim um título.
Houve ainda uma quarta fonte, Joseph teria citado Jesus de Nazaré em seus registros. Porém ficou provado, séculos atrás, que estes documentos foram falsificados e, para infortúnio da humanidade, considerados verdadeiros por muitos até hoje.
Um dos primeiros historiadores cristãos, Justin Martyr, escreveu: “Quando nós, cristãos, dizemos que Jesus Cristo, nosso mestre, nasceu sem união sexual, foi crucificado, morreu, ressuscitou e ascendeu aos céus, nós não propomos nada diferente do que aqueles que acreditam nos filhos do deus Júpiter.”. Em outro texto, Justin Martyr diz: “Ele nasceu de uma virgem, aceitem isso em comum com aquilo em que vocês acreditam dos (deuses) perseus.”.
É óbvio que Justin e outros cristãos cedo souberam como o cristianismo é semelhante às religiões pagãs. Contudo, Justin apresentou uma solução para este “problema”, alegando que o diabo teve a ambição de chegar antes que Jesus e criou estas características para o mundo pagão.
Assim concluímos que, uma vez pesadas as evidências, há grandes probabilidades de a figura conhecida como Jesus nunca sequer ter existido.
A realidade consiste em que Jesus foi o messias solar da crença teísta cristã e, tal como os deuses pagãos, é uma figura mítica. Foi sempre o poder político que procurou monopolizar a figura de Jesus para controle social.
Por volta do ano 325 D.C., em Roma, o imperador Constantino reuniu o primeiro Concílio Ecumênico de Nicéia e foi durante essa reunião que as doutrinas políticas com motivações cristãs foram estabelecidas, dando inicio a uma longa história de derramamento de sangue e fraude espiritual. E, nos 1600 anos que se seguiram, o vaticano dominou politicamente, e com mão de ferro, toda a Europa, conduzindo-a a um período de obscurantismo, onde o conhecimento era um privilégio da igreja, das cruzadas e da “santa” inquisição.
O cristianismo e todas as outras crenças teístas, são a fraude dessa era! Serviram apenas para afastar os seres humanos do seu meio natural e, da mesma maneira, uns dos outros. Sustentam a submissão cega dos seres humanos às autoridades divinas e/ou religiosas, reduzem a figura humana sob a premissa de que um deus, ou panteão, controla todas as coisas e, que por sua vez, os crimes mais terríveis são justificáveis em nome da perseguição divina. E o mais importante, dá o poder aqueles que conhecem a verdade e usam o mito para manipular e controlar sociedades.
O mito religioso é o mais poderoso dispositivo já criado e serve como base psicológica para que outros mitos floresçam, ou justifiquem-se.
“Um mito é uma idéia que, mesmo amplamente seguida, é falsa. Aprofundando, no contexto religioso, um mito serve como uma história que guia e mobiliza povos. O destaque não está na relação da história com a realidade, mas na sua função. Uma história não funciona, a não ser que a comunidade, ou nação, acredite que ela é verdadeira. Nunca será matéria de debate se alguém não tiver o arrojo de questionar a veracidade da história sagrada. Os guardiões da fé não participam de nenhum debate conosco, acadêmicos, eles simplesmente ignoram-nos e nos acusam de heresia e blasfêmia.” – David Ray Griffin.

sábado, 1 de outubro de 2011

R.I.P Redson


É com lágrimas nos olhos e profunda tristeza que venho comunicar-lhes que Redson, Vocalista e principal integrante da banda cólera faleceu na noite de Terça-Feira(27/09), devido a uma parada cardio respiratória. O punk perde seu maior icone brasileiro, um homem que lutou até o fim e que sempre será lembrado pela grande pessoa que foi.
Sua mensagem será gritada aos quatro cantos por seus fãs...
Descanse em paz companheiro
Você deixará muitas saudades
Muito obrigado por tudo!

http://punkxhcxoi.blogspot.com/

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Os Punks também amam ♫

Todo Punk , querendo ou não, ja tem um estereótipo de "bad boy". Isso de certo modo , reprime um pouco nossas expressões amorosas... Repito: nossas 'EXPRESSÕES' amorosas. Mas esse estereótipo não reprime nossos sentimentos.
Nossos sentimentos estão muitas vezes ali, esperando para serem despertados, por alguém que vale a pena quebrar o estereótipo tradicional e expressar o amor de forma romântica, e não como uma fantasia de loucura como ocorre na maioria das vezes.

O movimento Punk , ele é muito intenso, e há um desgaste muito grande(e que vale a pena) devido a essa intensidade do nosso movimento.
Convivemos com atos e pensamentos de rebeldia constantemente. Lutamos pelas minorias, pelos mais fracos, pelos miseráveis, pelos indefesos e pelos oprimidos... Lutamos por todos esses, contra o sistema, o governo, a burguesia, e nessa luta há uma desigualdade visível e atormentante que protege o inimigo. Isso torna nossa luta, muito desgastante.
Com tudo isso , muitas vezes, não nos resta forças para lutar com nosso inimigo ou amigo íntimo, chamado sentimento.
Poucos e com sorte, são aqueles que conseguem um amor dentro da nossa guerra, aqueles que encontram alguém que compartilhe das mesmas idéias, da mesma ideologia, dos mesmos ideais de vida, do modo que vê o mundo e da maneira de pensar semelhante. Esses tem sorte!!
Todos nós de uma maneira geral, lamentamos essa ausência de "sorte" , e queriamos muito conseguir isso. Esperamos por muito tempo, as vezes em vão, as vezes não... Muitas vezes achamos a "garota certa" pra gente , mas ela não nos acha, isso torna tudo tão difícil.
Com tudo, vivemos em constante guerra com o inimigo à fora e com o sentimento à dentro, porém, escolhemos isso e somos felizes assim.
Mas um pouco de amor, não faz mal à ninguém, pelo contrário, faz muito bem amar.


E eu também amo!!

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

7 mitos sobre a Maconha



1- A maconha vicia

O vício na maconha é uma questão relativa até mesmo para os cientistas. Segundo o biomédico Renato Filev, pesquisador do Núcleo de Neurobiologia e Transtornos Psiquiátricos da USP, o vício na cannabis, não existe, mas sim um hábito de fumá-la. O consumo de erva com frequência pode ser considerado vício, porém, não há relatos clínicos de casos de abstinência”. Também não há relatos de tolerância à cannabis, um dos sintomas do vício. “Há diferentes níveis de dependência. O vício na maconha, entretanto, é social e individualmente menos danoso do que os de outras drogas e mais fácil de ser enfrentado, ainda que acarrete grande sofrimento, como qualquer transtorno mental grave”, diz o antropólogo Maurício Fiore. Ou seja, você pode não se tornar quimicamente dependente da maconha, mas mentalmente.

2- A maconha causa danos cerebrais

O uso excessivo de maconha pode causar danos cerebrais sutis a longo prazo, mas não deixar a pessoa completamente demente. Este mito aparece na história desde o século 19, quando os ingleses acreditavam que o bhang, bebida à base de maconha bastante comum na região da Índia, causada demência. Hoje, depois de anos de pesquisas, sabemos que a cannabis não faz mal, desde que usada moderadamente. Experiências que compararam pessoas que não fumavam maconha com usuários assíduos, que consumiam cinco baseados por dia há mais de 15 anos, mostraram diferenças sutis nos resultados de memória e atenção. A mesma pesquisa mostrou que o uso excessivo e diário de álcool causa mais sequelas do que a cannabis.


3- Maconha x Cigarro: males

Não há provas da relação direta entre fumar maconha e câncer de pulmão, traqueia ou outros associados ao uso do cigarro. Nem por isso, o baseado está livre de seus males. “O fato de ser inalada normalmente sob a forma de fumaça resultante da queima da erva enrolada num papel acarreta consequências tão ou mais negativas que as do tabaco”, diz o antropólogo Fiore. Outra preocupação é que os resultados do uso prolongado da droga ainda são incertos.“A ilegalidade da maconha é um enorme obstáculo para a pesquisa sobre consequências do seu consumo e para a disseminação de informações aos seus consumidores”, completa Fiore. Mas já sabe-se que o usuário eventual não precisa se preocupar com um aumento grande do risco de câncer. Porém, aquele que fuma mais de um baseado por dia há mais de 15 anos deve pensar em parar.


4- A maconha é a porta de entrada

Grande parte de viciados em drogas pesadas foi, no passado, usuário de maconha, mas nem todos ficam viciados em drogas pesadas. Esta é a melhor maneira de explicar o fenômeno que deu à cannabis a fama de que é uma porta de entrada para o consumo de drogas como o crack e a heroína. “Uma parcela muito pequena de usuários de maconha migram para outras drogas”, diz o biomédico Filev. A maior e única ligação entre a maconha e o crack, por exemplo, é que ambos são ilegais e são vendidos no mesmo lugar. Segundo o antropólogo Mauricio Fiore, o que faz um usuário de maconha ter acesso a drogas mais pesadas é o simples e puramente fácil acesso a elas, por estarem na “mesma prateleira do supermercado”.


5- A maconha é mais forte hoje do que era no passado

As novas técnicas de cultivo da cannabis e a popularização do skunk, maconha hidropônica, são os culpados pelo surgimento deste mito. A sociedade civil acusa que o uso de tipos híbridos no cultivo da maconha faz com que a planta tenha maior quantidade de resina e de princípios ativos, o que a deixaria mais “forte”. De fato, a “potência” da maconha depende da “safra” da cannabis e dos cuidados do cultivador, mas essa turbinada independe se a planta é hidropônica ou não. “Planta geneticamente alterada não significa maior potência e nem muito menos que os usuários estejam consumindo maconha de forma mais arriscada ou perigosa”, diz o antropólogo Fiore.


6- Maconha não tem valor medicinal

A maconha pode (ainda) não curar, mas ajuda a aliviar os incômodos do tratamento de transtornos mentais e de portadores do HIV, estimulando o apetite dos pacientes. O primeiro relato médico do uso medicinal da cannabis foi há 5 mil anos, em um herbário chinês, onde a planta era indicada para combater males como a asma, doenças do aparelho reprodutor feminino, insônia e constipação intestinal. No ocidente, quem inaugurou o uso “sério” da droga foi o professor Raphael Mechoulam, da Universidade Hebraica de Jerusalém. Atualmente, os medicamentos com base na maconha estão sendo usados em pacientes de Aids, câncer e esclerose múltipla. “Estão sendo feitos os componentes da Cannabis em comprimidos e spray”, conta o biomédico Filev. “A droga, então, poderá ser usada nos tratamentos de transtornos como ansiedade, depressão, psicose, esquizofrenia e doenças neurodegenerativas”.


7- Na Holanda vale tudo!

Se você acha que, assim que descer em Amsterdã, encontrará pessoas por todos os cantos fumando os seus cigarros de maconha, você está completamente enganado. Ao contrário do que achamos, a Holanda não liberou a Cannabis, mas adotou uma política de tolerância às drogas. Você não encontrará, por exemplo, gente fumando maconha nas escolas e nos transportes públicos, lugares onde o consumo é proibido. Os usuários só podem acender os seus baseados em parques, bares e ao ar livre. Você também não poderá comprar a Cannabis em qualquer lugar, já que apenas casas especiais, os Coffee Shops, podem vendê-la. Além disso, uma pessoa pode comprar, no máximo, 5 gramas de maconha (sendo que os Coffee Shop podem ter no máximo 500 gramas da droga), para evitar o consumo excessivo e o tráfico de drogas. A legislação proíbe, ainda, a publicidade da cannabis e a venda da erva a menores de 18 anos.


Fonte: Super Abril