quarta-feira, 12 de outubro de 2011

A Farsa do Cristianismo

Este artigo não é de um editor do 'Revolta dos Humildes' e as opiniões nele externadas são de responsabilidade única e exclusiva de seu autor.




Os povos da antiguidade adoravam o sol, devido ao fato de cedo perceberem que sem ele não existiria vida no planeta, que as colheitas seriam impossíveis e pelo simbolismo de que o sol nos salva do frio e da escuridão da noite, repleta de predadores. Através dessa antiga adoração ao sol eu vou demonstrar nesse artigo por que a história de Jesus é falsa.
Na mitologia egípcia existe a lenda de Hórus, o deus dos céus. Basicamente, a história de Hórus é a seguinte: Hórus nasceu em 25 de dezembro (o dia do solstício de inverno no hemisfério norte) da virgem Íses Meri. Seu nascimento foi precedido por uma estrela no oriente que guiou três reis que o adoraram. Aos 12 anos Hórus foi um prodígio nos ensinamentos, aos 30 foi batizado por Anup e começou seu ministério, teve 12 seguidores com os quais viajou praticando milagres, tais como curar enfermos, andar sobre as águas e ressuscitar os mortos. Hórus foi traído por seu seguidor Tifão e morreu crucificado, foi enterrado, depois de três dias ressuscitou e ascendeu ao céu.
A lenda de Hórus é datada de, aproximadamente, 3.000 anos antes de cristo, o que demonstra o quão plágio de Hórus Jesus é:

Hórus foi gerado pela Virgem Ísis Meri
Jesus foi gerado virgem Maria
Hórus nasceu de um milagre
Jesus nasceu de um milagre
Hórus foi precedido por uma estrela
Jesus foi precedido por uma estrela
Hórus foi adorado por três reis
Jesus foi adorado por três reis
Hórus foi batizado por Anup
Jesus foi batizado por João Batista
Hórus foi uma criança-prodígio aos 12 anos
Jesus foi uma criança-prodígio aos 12 anos
Hórus teve 12 seguidores
Jesus teve 12 discípulos
Hórus disse ser a Luz do mundo
Jesus disse ser o Caminho, a Verdade e a Vida
Hórus andou sobre as águas
Jesus andou sobre as águas
Hórus curou enfermos
Jesus curou cegos, paralíticos e enfermos
Hórus ressuscitou um homem chamado El-Azar-Us
Jesus ressuscitou Lázaro
Hórus foi considerado o rei dos egípcios
Jesus foi considerado o rei dos judeus
Hórus foi traído por Tifão
Jesus foi traído por Judas
Hórus morreu crucificado e foi sepultado
Jesus morreu crucificado e foi sepultado
Hórus ressuscitou três dias após sua morte
Jesus ressuscitou três dias após sua morte
Hórus ascendeu ao reino dos céus
Jesus ascendeu ao reino dos céus

Estes atributos também estão presentes em outras divindades, de outras mitologias, tais como Átis da Frígia (1200 A.C.), que nasceu da virgem Nana em 25 de dezembro, morreu crucificado e ressuscitou após três dias. Ou ainda Mithra da Pérsia (1200 A.C.) nasceu de uma virgem em 25 de dezembro, teve 12 discípulos com os quais viajou praticando milagres e ressuscitou três dias depois de morrer.
Estas características são partilhadas por todos os messias solares. Cabe lembrar que os messias solares não são necessariamente a divindade do sol de suas mitologias de origem e sim a divindade que recebeu de seus crentes a mesma adoração que os povos antigos devotavam ao sol. Estas características, originais ou não, tem uma origem puramente astrológica.
A imagem no inicio desse artigo é a Cruz do Zodíaco, uma das mais antigas imagens na história da humanidade. Ela representa o trajeto do sol durante um ano através das 12 constelações, os 12 meses do ano, as quatro estações, solstícios e equinócios. Contudo, a Cruz do zodíaco não é apenas uma ferramenta para estudo e observação do sol, ela é também um símbolo espiritual pagão. O sol representa a figura de um deus, Jesus no caso do cristianismo, como o centro do universo e as 12 constelações são os 12 discípulos com os quais Jesus, sendo o sol, viaja.
A virgem Maria que da a luz ao salvador é uma referência a constelação do zodíaco Virgem, isto representa que Jesus tem sua origem no céu e não na terra.
A estrela no oriente é Sirius. Antigamente, Sirius era usada pelos viajantes para se orientarem durante a noite, devido ao fato de ser a estrela mais brilhante no céu noturno. Os três reis são as estrelas da constelação conhecida como Três Reis, Três Marias na América Latina e península ibérica ou ainda Cinturão de Órion na Grécia. Durante o solstício de inverno no hemisfério norte, que ocorre na madrugada de 24 para 25 de dezembro, Sirius e a constelação Três Reis se alinham em uma linha diagonal que aponta para o exato local onde o sol nasce em 25 de dezembro. Esta é a razão pela qual Jesus teria nascido em 25 de dezembro e teria sido adorado por três reis que seguiram uma estrela.
Do solstício de verão até o solstício de inverno (25 de dezembro no hemisfério norte), os dias se tornam mais curtos e frios e o sol parece se mover para o sul, ficar menor e mais fraco. Isso simboliza o processo da morte. Três dias antes do solstício de inverno o sol atinge o ponto mais baixo no horizonte, ficando próximo ao local onde, no céu noturno, se avista a constelação de Alpha Crucis, ou Cruzeiro do Sul. Então, após o solstício de inverno, os dias começam a ficar mais longos e quentes e o sol parece se mover para o norte, ficar maior e mais forte. Assim, metaforicamente falando, o sol morreu na cruz para ressurgir depois de três dias. Esta é a razão pela qual Jesus e outros messias solares compartilham do conceito crucificação, morte e ressurreição após três dias. É uma alegoria que representa a transição do sol antes de mudar para a direção contrária, trazendo com este movimento a primavera, que representa a salvação, no hemisfério norte.
Todavia, a celebração da ressurreição só é comemorada depois do equinócio da primavera, quando o período diurno se torna maior que o noturno. Isso representa a vitória da luz sobre as trevas, ou do bem sobre o mal.
Para aqueles que não acreditam, ou não aceitam, a verdade por trás destas representações e alegorias astrológicas e que Jesus nada mais é do que um plágio de Hórus, vejamos outras evidências. Alguém já ouviu falar em algum registro histórico, e não bíblico, da figura de Jesus? Inúmeros historiadores viveram na mesma época e lugar que Jesus supostamente viveu, ou logo após a sua presumível morte. No entanto nenhum deles fez qualquer referência ou registro a sua existência. Mas, para ser imparcial, houveram três fontes: Suetônio, Tácito e Plínio, o jovem. Estes historiadores fizeram algumas poucas referências a Cristo, que não é um nome e sim um título.
Houve ainda uma quarta fonte, Joseph teria citado Jesus de Nazaré em seus registros. Porém ficou provado, séculos atrás, que estes documentos foram falsificados e, para infortúnio da humanidade, considerados verdadeiros por muitos até hoje.
Um dos primeiros historiadores cristãos, Justin Martyr, escreveu: “Quando nós, cristãos, dizemos que Jesus Cristo, nosso mestre, nasceu sem união sexual, foi crucificado, morreu, ressuscitou e ascendeu aos céus, nós não propomos nada diferente do que aqueles que acreditam nos filhos do deus Júpiter.”. Em outro texto, Justin Martyr diz: “Ele nasceu de uma virgem, aceitem isso em comum com aquilo em que vocês acreditam dos (deuses) perseus.”.
É óbvio que Justin e outros cristãos cedo souberam como o cristianismo é semelhante às religiões pagãs. Contudo, Justin apresentou uma solução para este “problema”, alegando que o diabo teve a ambição de chegar antes que Jesus e criou estas características para o mundo pagão.
Assim concluímos que, uma vez pesadas as evidências, há grandes probabilidades de a figura conhecida como Jesus nunca sequer ter existido.
A realidade consiste em que Jesus foi o messias solar da crença teísta cristã e, tal como os deuses pagãos, é uma figura mítica. Foi sempre o poder político que procurou monopolizar a figura de Jesus para controle social.
Por volta do ano 325 D.C., em Roma, o imperador Constantino reuniu o primeiro Concílio Ecumênico de Nicéia e foi durante essa reunião que as doutrinas políticas com motivações cristãs foram estabelecidas, dando inicio a uma longa história de derramamento de sangue e fraude espiritual. E, nos 1600 anos que se seguiram, o vaticano dominou politicamente, e com mão de ferro, toda a Europa, conduzindo-a a um período de obscurantismo, onde o conhecimento era um privilégio da igreja, das cruzadas e da “santa” inquisição.
O cristianismo e todas as outras crenças teístas, são a fraude dessa era! Serviram apenas para afastar os seres humanos do seu meio natural e, da mesma maneira, uns dos outros. Sustentam a submissão cega dos seres humanos às autoridades divinas e/ou religiosas, reduzem a figura humana sob a premissa de que um deus, ou panteão, controla todas as coisas e, que por sua vez, os crimes mais terríveis são justificáveis em nome da perseguição divina. E o mais importante, dá o poder aqueles que conhecem a verdade e usam o mito para manipular e controlar sociedades.
O mito religioso é o mais poderoso dispositivo já criado e serve como base psicológica para que outros mitos floresçam, ou justifiquem-se.
“Um mito é uma idéia que, mesmo amplamente seguida, é falsa. Aprofundando, no contexto religioso, um mito serve como uma história que guia e mobiliza povos. O destaque não está na relação da história com a realidade, mas na sua função. Uma história não funciona, a não ser que a comunidade, ou nação, acredite que ela é verdadeira. Nunca será matéria de debate se alguém não tiver o arrojo de questionar a veracidade da história sagrada. Os guardiões da fé não participam de nenhum debate conosco, acadêmicos, eles simplesmente ignoram-nos e nos acusam de heresia e blasfêmia.” – David Ray Griffin.

2 comentários:


  1. Quando iniciei minha pesquisa diletante acerca da origem do cristianismo, eu já tinha uma ideia formada que pode parecer esdrúxula: nada de Bíblia, teologia e história das religiões. Todos os que haviam explorado esse caminho haviam chegado à conclusão alguma. Contidos num cercadinho intelectual, no máximo, sabiam que o que se pensava saber não era verdade. É isso o que a nossa cultura espera de nós, pois não tolera indiscrições. Como o mundo não havia parado para que o Novo Testamento fosse escrito, o que esse mesmo mundo poderia me contar a respeito dessa curiosidade histórica? Afinal, o que acontecia nos quatro primeiros séculos no mundo greco-romano, entre gregos, romanos e judeus? Ao comentar o livro “Jesus existiu ou não?”, de Bart D. Ehrman, exponho algumas das conclusões as quais cheguei e as quais o meio acadêmico de forma protecionista insiste ignorar.

    http://cafehistoria.ning.com/profiles/blogs/paguei-pra-ver

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  2. Quando iniciei minha pesquisa diletante acerca da origem do cristianismo, eu já tinha uma ideia formada que pode parecer esdrúxula: nada de Bíblia, teologia e história das religiões. Todos os que haviam explorado esse caminho haviam chegado à conclusão alguma. Contidos num cercadinho intelectual, no máximo, sabiam que o que se pensava saber não era verdade. É isso o que a nossa cultura espera de nós, pois não tolera indiscrições. Como o mundo não havia parado para que o Novo Testamento fosse escrito, o que esse mesmo mundo poderia me contar a respeito dessa curiosidade histórica? Afinal, o que acontecia nos quatro primeiros séculos no mundo greco-romano, entre gregos, romanos e judeus? Ao comentar o livro “Jesus existiu ou não?”, de Bart D. Ehrman, exponho algumas das conclusões as quais cheguei e as quais o meio acadêmico de forma protecionista insiste ignorar.

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